Enfim, Manoel Bandeira!
Um dos maiores nomes do Modernismo, e da Poesia nacional em geral, se faz presente aqui no Constante Poética, com esse poema clássico e arrasador.
Desencanto - Manuel Bandeira
"Eu faço versos como quem choraDe desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto
Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.
E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca
Eu faço versos como quem morre."
O poeta descreve com tristeza e utilizando recursos metalingüísticos[2] ( naturais em sua escrita) sobre sua saúde debilitada e sua intensa necessidade de viver a vida em sua poesia, ou quem sabe, viver a poesia em sua vida?
"Eu faço versos como quem morre", "meu verso é sangue", apenas exemplificam tal condição !
Saboreie sem moderação!Paz, luz e sabedoria!
2 comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
Não faço versos como quem morre
Mas como assassina de mim mesma
como quem mata as próprias dores
Tristezas e lamentos
Para resistir, sobreviver à realidade
que é a vida!
Ah! Não passou nem perto do Bandeira!
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