sábado, 4 de julho de 2009

Desencanto - Manoel Bandeira

Enfim, Manoel Bandeira!

Um dos maiores nomes do Modernismo, e da Poesia nacional em geral, se faz presente aqui no Constante Poética, com esse poema clássico e arrasador.





Desencanto - Manuel Bandeira

"Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca

Eu faço versos como quem morre."

O poeta descreve com tristeza e utilizando recursos metalingüísticos[2] ( naturais em sua escrita) sobre sua saúde debilitada e sua intensa necessidade de viver a vida em sua poesia, ou quem sabe, viver a poesia em sua vida?

"Eu faço versos como quem morre", "meu verso é sangue", apenas exemplificam tal condição !

Saboreie sem moderação!

Paz, luz e sabedoria!

2 comentários:

Vanessa disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Vanessa disse...

Não faço versos como quem morre
Mas como assassina de mim mesma
como quem mata as próprias dores
Tristezas e lamentos
Para resistir, sobreviver à realidade
que é a vida!

Ah! Não passou nem perto do Bandeira!