
FRANK

Back to Black

Amy Winehouse
Olá amantes das artes!
Talvez vocês já estejam "cheios" da mídia fazendo o que faz de melhor, "devorar carcaças" sobre Amy Winehouse ( mesmo que suas atitudes já prenunciavam a tragédia) ! Muitos estão tendo oportunidade de conhecer um pouco mais dessa talentosa artista que partiu. Para aqueles que só conhecem "Rehab" das rádios, segue o link (abaixo do texto) para download da discografia de Amy Winehouse". Infelizmente, devido pouco tempo de vida, e ainda utilizando-o para atitudes menos saudáveis, ela gravou oficialmente 2 discos: "Frank" e o aclamado "Back to Black". Farei alguns comentários de seus discos, uma espécie de introdução, claro, cabem a vocês apreciarem!
Frank é um disco de passagem, pois, apesar de não ser todo excelente, já dá mostras do que ela era capaz de fazer. Além disso, sua voz já atingira uma maturidade espantosa. Surgia não uma simples cantora, surgia uma "ARTISTA" !
Back to Black é um disco do início ao fim bem-produzido e com composições inspiradas. Amy consegue ser extremamente melodiosa, e o produtor recorre a fórmulas e instrumentos que normalmente acompanham um álbum dentro desse estilo (aliás, que estilo é o de Amy?). As letras são, em sua maioria, retratos cruéis de seu cotidiano, cantados com uma agressividade e pessimismo (na maioria das vezes) seguindo a cadência lenta do ritmo.
Em "You know, im no good" ela diz sem nenhum pudor
“Lá em cima na cama com meu ex-namorado
Ele está no lugar certo, mas não consigo ter prazer
Pensando em você nos lances finais
É quando eu gozo”
Ou
“Eu me enganei
Como eu sabia que enganaria
Eu te disse que eu era encrenca
Você sabe que eu não presto”
Cru (el) ou não?
Em nenhum momento percebo ressentimento ou autopiedade, ao contário, ela mostra-se extremamente consciente de suas limitações e faz questão de afirmar isso, como em "Rehab".
"Não aprendi muito na escola
Mas sei que as respostas não estão no fundo de um copo
Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse ‘não, não, não’ “
Agora em ‘Tears Dry on My Own’, minha faixa favorita, Amy constrói sua identidade musical, balanceando de forma espetacular suas influências, sem nunca deixar de ser pop. A música relata um relacionamento conturbado (um dos VÁRIOS) que ela já manteve.
“Quando estávamos no auge
Eu esperava por você no hotel toda noite
Eu sabia que não tinha o par ideal
Mas a gente se via sempre que podia”.
A amada espera em vão, o amante que não virá, mas ela ainda espera...
" Ela não foi tão influente quanto Michael Jackson ou boa parte dos célebres falecidos aos 27 anos. Sua música não revirou a sociedade e influenciou uma geração inteira como Morrison e Janis, nem mesmo transformou a própria música, como Hendrix e Johnson, e talvez o papel de Kurt com os jovens que o aclamaram tenha sido mais influente (assim como seu papel na formatação de um novo subgênero de seu estilo). Mas ela conseguiu muito mais que os detratores se permitem aceitar e o Back to Blackfoi a consolidação disso, numa relativamente breve passagem pelo mundo da música que influenciou, além de tudo, um sem número de novos talentos e trouxe de forma significativa o R&B e o Soul ao grande mainstream do pop da atualidade com um amplo alcance mundial."
Quer conferir todos esses sons?
P.S - Como extra, segue juntamente com o arquivo acima a apresentação feita no "Rock in Rio - Lisboa"!?!?!?, onde ela atravessa as músicas, erra as letras, cai no palco... Adicionei-o apenas para corroborar que, não basta talento, é necessário profissionalismo para se apresentar ao público. Bem...nem toda a divas é perfeita!
Paz, luz e sabedoria!
Amy Winehouse canta. sem efeitos, sem overdubs, apenas voz e violão "Love is a losing game"