terça-feira, 31 de julho de 2012

CONTO DO LEITOR CONSTANTE: WHISNER FRAG

Saudações Constantes!

vamos a mais um Conto do Leitor Constante!
O texto enviado é de Whisner Fraga e espero que comentem no espaço reservado.

Atá a próxima!





Morrer é março, Fabrícia, numa madrugada de Hojefeira, mas atravessávamos um outubro límpido, queimando os telhados de nosso sobrado, quando ele se entregou e eu não compreendi. Finalmente deve perguntar por mim e ser informado pelos que chamam de anjos. Anjo é um delicado frenesi de proteções. Morrer é plateia e heranças. A dor, uma efêmera penumbra navegando no sangue, deixemos claro. E depois chorar. Morrer é enfrentar remorsos de pulos e de correrias. Beijos no rosto, tapinhas nas costas, apertos de mão e pêsames, abraços e ir embora rapidamente. Mamãe deve me procurar ainda em terrenos alheios, mas não roubarei mais romãs: em nome do pai. Morrer é março e outubro e faço um nó com meus braços.
Quando alcançava seu pescoço e, inocente, infligia-me alturas para aproximar-me daquela sua orelha penugenta, abandonando os tempos num esquecimento negligente e algo impreciso, quando calhava essa proximidade, Fabrícia, havia a confiança, pois ele não me deixaria cair. Esse confronto que nunca aconteceu, porque o pai me devolvera ao chão e a desculpa era que assim arranharia a pátina da minha pele com as lâminas da sua barba. Se encontrá-lo um dia, farei como se deve, darei minha mão e iremos, porque já serei crescido.

Precisávamos sair dali, daquela combustão de mortes, da escorregadia franqueza de remorsos. Então escolho o abrigo, Fabrícia. Embora eu já a considere grandinha para suas próprias predileções, você corre comigo. O peito envaidecido de coragem. Aquele quarto, um pesadelo a nos tragar. É assim que se cresce. Nosso pai é março e morrer de profundezas. Então viveríamos uma temporada com os avós. Podia ser perigoso o que representava a casa dos outros para o nosso apetite por perdas. (Mamãe precisa descansar.) E havia sido lá também que vi a cabeça de meu tio rodopiando no forno. Às vezes tenho medo da morte. E de março e de outubro.
Estamos encolhidos, Fabrícia, e a noite é uma só. Pretendo me render ao que não sei. Desde que relei a mão naqueles pés frios e cheirando a hospital, de decadências. Estranhos aqueles dentes fugindo do sorriso. Por isso tivemos de escapar, porque havia um ranço de anormalidade nos rostos graves dos que vieram para o velório. Não quero nunca mais ver alguém morto na copa.
Algumas pessoas cochichavam quando pensei em abraçálo e imaginei que caçoavam de mim e desisti. Você, um nada tremendo ao pé de mamãe. E já me arrependia. De repente aqueles garçons rondando, com uma gravidade profissional, a ironia do corpo. Eu temia que papai não seguisse para o céu e que se levantasse dali, procurando por nós, para que trouxéssemos um chinelo ou para localizar um controle remoto. Eu não sei o que mais ele poderia fazer se acordasse e isso me assustava.
O que acontecerá agora com a horta, com o pé de mamão-macho, se não fizemos cursos de jardinagem? Não sei o que foi deles. Então você falou, Fabrícia, e discerni a palavra "fome" naquela fatia de voz que me açoitava a covardia. Eu sabia que não era hora para você se entregar à chantagem do estômago, toda a lógica da humanidade me apresentava um pai coberto por flores e as narinas vedadas por um grotesco chumaço e queixas insensatas. Que atitude tomar diante da verdade daquela urgência?

Pairava no seu pedido um tremor de desconhecimentos, uma insistência de dúvidas numa agonia sussurrada, uma severidade que não me deixava escolhas: eu devia atravessar a amplidão da copa e voltar com algo que comer, ao mesmo tempo em que antevia o seu desespero se coagulando ao se perceber sozinha e aqueles móveis acossando a incompreensão do que você tentava ser aos sete anos, Fabrícia, e eu já me tornava o novo homem da família. Levantei-me, abri a porta, contemplei outra vez o seu choro miúdo camuflado nos braços cruzados e saí.


Whisner Fraga é escritor, autor de Abismo poente, (Ficções, 2009) e O livro dos verbos, (7letras, 2010).

PAZ, LUZ E SABEDORIA CONSTANTES!

MÚSICA CONSTANTE: "SANTIDADES" DO ROCK!

Saudações Constantes!

Ah...Rock and roll!

domingo, 29 de julho de 2012

SEMANA CONSTANTE: BATMAN THE DARK KNIGHT RISES - CRÍTICA 4

Saudações Constantes!

No post anterior, os Constantes puderam ver a crítica de Pablo Villaça  em video ao último filme da trilogia do Batman. Agora, vmos a crítica escrita do mesmo. Acompanhe as críticas dele no site Cinema em Cena.
Com vocês, Pablo Villaça:




Depois de ser destruída pela abordagem excessivamente cartunesca de Joel Schumacher, afranquia Batman parecia fadada ao esquecimento até que, em 2005, o cineasta Christopher Nolan conseguiu resgatá-la em Batman Begins ao investir numa estratégia narrativa instigante que buscava ancorar o herói num universo realista e cruel – algo sedimentado ainda mais em O Cavaleiro das Trevas, que conseguiu a proeza de transformar até mesmo o inesquecível Coringa de Heath Ledger em um vilão perfeitamente plausível. Pois a trilogia chega agora ao fim de maneira absolutamente satisfatória em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, que, mesmo ficando um pouco abaixo de seus antecessores, cria uma experiência tensa e envolvente que testa os limites de seu herói (e do público) de forma intensa e impiedosa.
Iniciando a projeção com uma extensa sequência de ação que se encaixaria perfeitamente em um filme da série 007, o longa escrito por Nolan e seu irmão Jonathan (a partir de argumento concebido ao lado de Davis S. Goyer) já nos apresenta de imediato ao vilão Bane (Hardy), estabelecendo de forma objetiva sua força descomunal, sua inteligência e a fidelidade que é capaz de inspirar em seus capangas. A partir daí, retornamos a Gotham City e descobrimos que oito anos se passaram desde a morte de Harvey Dent – uma tragédia que, atribuída ao Homem-Morcego (Bale), inspirou a criação de uma lei que, associada aos esforços do comissário Gordon (Oldman), acabou com a criminalidade na cidade. É neste contexto que Bruce Wayne acaba sendo levado a reassumir o papel de herói depois que a presença de Bane em Gotham é revelada – numa trama que envolverá ainda a ladra Selina Kyle (Hathaway), o jovem policial Blake (Gordon-Levitt) e a milionária Miranda Tate (Cotillard).
Como é possível constatar apenas observando a sinopse acima, O Cavaleiro das Trevas Ressurge, como tantos capítulos finais de trilogias, traz uma infinidade de personagens mergulhados em diversas subtramas, o que acaba por inflar a narrativa um pouco mais do que o necessário, comprometendo o ritmo em alguns momentos e sacrificando o desenvolvimento de algumas figuras importantes  - e por mais interessante (e sedutora) que seja a Mulher-Gato de Anne Hathaway, por exemplo, seria perfeitamente possível excluí-la da história sem prejudicar o roteiro, já que suas ações poderiam ser omitidas ou executadas por outros indivíduos.

Fotografado por Wally Pfister com uma paleta fria e levemente dessaturada que o afasta de uma abordagem fantasiosa, ambientando-o num mundo triste e verossímil, o filme ainda é beneficiado pela decisão de Christopher Nolan de apostar em efeitos visuais mecânicos na maior parte do tempo, evitando a artificialidade digital que tem prejudicado tantas produções contemporâneas. Além disso, o diretor demonstra o talento habitual ao conceber sequências de ação grandiosas – e ainda que pecando na decupagem e gerando certa confusão espacial e de mise-en­-scène nestes momentos (algo recorrente em suas obras), Nolan impressiona pela escala, o que pode ser comprovado nos planos gerais que revelam explosões múltiplas por Gotham. Da mesma maneira, o cineasta continua a exibir um talento especial para construir um forte clima de tensão através de montagens paralelas que justapõem incidentes envolvendo diversos personagens em situações de risco crescente – e também é admirável (e corajosa) sua decisão de usar apenas o hino nacional dos Estados Unidos cantado por uma criança para embalar uma sequência especialmente eficaz do projeto. Para finalizar, o designde produção de Nathan Crowley e Kevin Kavanaugh é impecável tanto na concepção realista de uma Gotham cinzenta e arruinada quanto na ideia de transformar o tribunal improvisado pelos marginais em uma imagem quase expressionista e digna de Kafka (e o “juiz” não poderia ser mais adequado).
Com um elenco composto por vários nomes recorrentes na trupe de Nolan, O Cavaleiro das Trevas Ressurge tem, como destaque entre os “novatos”, o policial de Joseph Gordon-Levitt, que, corajoso e idealista, funciona como motor para que Bruce Wayne volte à ativa graças a um monólogo simples, mas bastante evocativo. Por outro lado, se Hathaway fica presa a uma personagem que se mostra interessante apenas pela beleza e pelo fato de sabermos que se trata da Mulher-Gato, Marion Cotillard é prejudicada pela indefinição da ricaça Miranda Tate durante a maior parte da projeção – e quando finalmente entendemos seu papel na trama, o filme está praticamente no fim (e não é à toa que outro problema comum na filmografia de Nolan reside na unidimensionalidade das personagens femininas). Já os veteranos Gary Oldman e Michael Caine se estabelecem de vez como as bússolas morais da narrativa: enquanto o primeiro jamais consegue relaxar mesmo sabendo que Gotham encontra-se num período de paz, o segundo mostra-se sempre preocupado com seu querido “master Bruce”, permitindo a Caine protagonizar os dois momentos mais tocantes do longa.
Enquanto isso, Christian Bale volta a exibir sua facilidade para se ajustar fisicamente aos personagens que vive, surgindo magro e fragilizado no início da trama e ganhando força e agilidade ao longo da história – e quando volta a vestir o uniforme do Homem-Morcego, sentimos, graças à sua composição como Bruce Wayne, o sacrifício representado por aquele retorno e o peso do símbolo no qual se tornou. Além disso, sua decisão de manter a voz enrouquecida sempre que veste a máscara – mesmo quando conversando com alguém que conhece sua identidade secreta – é instrumental para que percebamos que, para Wayne, aquele não é um mero disfarce, mas uma personalidade alternativa usada para exorcizar seus demônios pessoais (beirando, neste sentido, certa esquizofrenia). Aliás, a composição vocal é também elemento chave na performance de Tom Hardy como o vilão Bane, já que é através de sua inflexão estudada e que oscila entre o sarcasmo, a maldade, o desprezo e o cálculo que percebemos o caráter do sujeito, já que seu rosto encontra-se encoberto por uma imensa máscara (e, mais uma vez, os espectadores que optarem pela versão dublada perderão elementos importantíssimos da experiência). Como se não bastasse, sua imponência física (que remete aos tempos de Bronson e do recente Guerreiro), associada à decisão de Nolan de filmá-lo constantemente a partir de ângulos baixos, converte Bane numa ameaça constante. (Créditos também devem ser dados à figurinista Lindy Hemming, que cria padrões em sua máscara que remetem a dentes dignos do Alien.)
É uma pena, portanto, que o roteiro peque em alguns pontos importantes (e sugiro que o restante deste texto, incluindo a segunda parte, seja lido apenas por quem já assistiu ao filme) – a começar pelo plano de Bane, que se concentra em dar “esperança” a Gotham para depois destruí-la. Ora, que tipo de esperança os cidadãos da metrópole podem ter em um mundo como aquele criado pelo vilão, que praticamente destrói a cidade e a mantém sob terror constante? E mais: como Bruce Wayne consegue retornar em menos de um mês a Gotham se não tinha um centavo (ou sua identidade) no bolso? E como entrou na cidade, já que esta se encontrava aquartelada? Além disso, os irmãos Nolan exageram no número de vezes em que Batman simplesmente aparece em algum lugar no qual sua presença se faz necessária, já que ele salva Selina, Blake e Gordon em três momentos distintos e no último segundo. Para piorar, alguns dos diálogos criados pelos Nolan chegam a doer nos ouvidos, como aquele dito pelo milionário vivido por Ben Mendelsohn para Bane: “Você é pura maldade!”.
Apesar destes tropeços, porém, O Cavaleiro das Trevas Ressurge encanta por sua construção narrativa, que jamais ignora se tratar do terceiro capítulo de uma longa história – e é admirável que o filme crie rimas não só com o segundo, mas também com o primeiro longa da série: observem, por exemplo, como (e já avisei: spoilers!) a filha de Ra’s Al Ghul tem um fim semelhante ao do pai, já que ambos morrem em meios de transporte que também trazem instrumentos de destruição essenciais aos seus planos. E mais: se ao final de O Cavaleiro das Trevas a destruição de Harvey Dent criava as condições simbólicas para o renascimento de Gotham, aqui é a partida de Batman que ocasiona isso (sendo que ambas são baseadas em mentiras: Dent não morreu como herói e o Homem-Morcego possivelmente não morreu e ponto – mais sobre isso na Parte 2). Aliás, neste sentido há até uma rima interna em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, que tem início e fim com uma aeronave carregando algo através de cabos (um avião e uma bomba, respectivamente).
Mantendo a coerência na atmosfera sombria e fatalista dos três filmes, Christopher Nolan encerra sua incursão ao universo de Batman como começou: demonstrando que um longa baseado em super-heróis pode ser adulto, investir no realismo e representar um passatempo escapista sem, com isso, desrespeitar a inteligência de seu público. E como o cineasta ainda consegue deixar a porta aberta para possíveis continuações mesmo sem deixar no espectador a sensação de algo inacabado, é inevitável que a Warner eventualmente dê luz verde a um novo longa. Torçamos apenas para que o próximo a assumir a franquia compreenda que o que a tornou novamente viável foi a abordagem ambiciosa e madura de seu antecessor.

Batman: O Pião Continua a Girar?
Christopher Nolan esteve muito, muito perto de criar, em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, um final tão ambíguo quanto aquele de seu longa anterior, A Origem – e caso tivesse encerrado a obra enfocando o sorriso de Alfred no café em Florença e evitado mostrar o que o mordomo vira, o diretor enviaria o público para fora da sala de projeção mergulhado em dúvidas: teria o personagem de Michael Caine visto Bruce Wayne? Seria uma solução orgânica e elegante que permitiria interpretações diferentes de acordo com o temperamento de cada espectador – exatamente como a dúvida que concluíra Inception.
Mas, claro, não é isso que ocorre: após o sorriso de Alfred, vemos Bruce Wayne e Selina Kyle. Os dois homens acenam um para o outro e o mordomo se levanta para abandonar o local com uma alegria inquestionável estampada no rosto. Seu querido patrão (e, mais do que isso,filho) sobrevivera e reconstruíra a própria vida. Exatamente como ele sonhara e descrevera anteriormente na narrativa.
E é justamente por ter enfocado Alfred descrevendo esta fantasia que O Cavaleiro das Trevas Ressurge permite a indagação: seria aquela imagem real? Teria o personagem de Caine realmente visto Bruce em Florença? Ou seria esta apenas uma manifestação de seu desejo?
É possível interpretar a cena como um sonho, não há dúvida: para começar, Selina Kyle está vestindo uma roupa azul – o único instante do filme no qual usa um figurino que não é dominado pelo preto. Da mesma forma, Bruce veste uma camisa de cor alegre, que se contrapõe às cores sóbrias que costuma vestir. Isto para não mencionarmos que a reação de Wayne e Alfred, um leve aceno de cabeça seguido pela partida deste último, é no mínimo implausível considerando o carinho que sentem um pelo outro e o que aquele encontro representa.  Sim, dizer que tudo se resume a uma fantasia do velho empregado da família Wayne não é um absurdo tão grande – e, mais do que isso, representa um desfecho dramaticamente eficaz.
No entanto, é igualmente factível interpretar o contraste nas cores do figurino como sendo uma representação da nova vida criada por Bruce e Selina. E Alfred pode ter se afastado para respeitar a privacidade do antigo patrão, já satisfeito em sabê-lo vivo. E, claro, precisamos considerar que o roteiro se preocupa em incluir uma cena que traz Lucius Fox (Freeman) descobrindo que Wayne consertara o piloto automático do helicóptero, o que explicaria (com muito boa fé por parte do espectador) a escapada do herói – mesmo que possamos perguntar como a nave sobrevivera quase intacta à explosão da bomba e à queda subsequente.
Em outras palavras: se o desfecho de A Origem era de uma ambiguidade calculada, aqui esta depende mais do público do que do cineasta, que, sejamos honestos, claramente enxerga um futuro otimista para seu protagonista.
Mas esta é a beleza da Arte: ela só se completa com a participação do observador. E eu, particularmente, prefiro completá-la com a morte de Bruce Wayne.
Observação: também gravei um videocast sobre o filme que pode ser acessado aqui.



sábado, 28 de julho de 2012

SEMANA CONSTANTE: BATMAN THE DARK KNIGHT RISES - CRÍTICA 3

Saudações Constantes!
Mais Batman? Claro que sim!!!!!!!
Agora com um dos críticos de cinema que eu mais respeito, um sujeito muito inteligente e profundo conhecedor da 7ª arte, PABLO VILLAÇA do Cinema em Cena. Nesse vídeo de 5 minutos ele faz um resumo (SEM SPOILERS) críticos do filme, destacando seus pontos fortes e fracos.




Paz, luz e sabedoria Constantes!!!!!!!!!

SEMANA CONSTANTE: BATMAN THE DARK KNIGHT RISES - CRÍTICA 2

Saudações Constantes!
Vamos a mais uma crítica sobre o final da trilogia do Homem - Morcego, dessa vez é a hora do TRIPLO.


"Será possível que Nolan conseguiu superar seu segundo filme do Bátema? Será? Será?

??????????????????????????????????


NÃO, bwahahahaha
O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um ótimo filme, sim, e em alguns pontos considero até melhor que os anteriores, mas ao mesmo tempo pecou um pouco por ser mais convencional do que eu esperava.
Se Begins trouxe essa versão do Batman como novidade e Cavaleiro das Trevas mostrava quais limites o herói cruza para salvar sua cidade, dessa vez Nolan traz apenas consequências ou continuações de ameaças anteriores, sem nada de realmente inovador, para concluir sua saga. Há uma nova e marcante personagem (Selina Kyle), um novo vilão, novidades tecnológicas, mas numa trama menos surpreendente do que os anteriores.
O filme começa 8 anos após o anterior, com uma Gotham que não precisa mais do Batman: a “heróica” morte de Harvey Dent abriu caminho para abolir leis e burocracias que possibilitaram que a policia, liderada por James Gordon, livrasse a cidade do crime organizado.
O plano de Batman e Gordon surtiu efeito, Dent virou o mártir e símbolo que salvou a cidade, mas a morte de Rachel e o fim das atividades do homem morcego transformaram Bruce Wayne num “eremita” dentro de sua mansão. Uma baita mudança de atitude, não? O cara era um playboy extravagante e de repente, do nada, ficou tão recluso ao ponto de sequer dar uma ligadinha uma vez por mês pro seu camarada Lucius Fox pra tomar ciência do andamento da empresa que comanda? Ok, relevemos isso..
Até que a aparição da astuta ladra Selina Kyle e a volta da Liga das Sombras, agora liderada pelo terrorista Bane, acordam o apático Bruce para a vida novamente, trazendo Batman de volta a ativa.
Apesar de reclusão extrema de Bruce nesses 8 anos tenha me soado exagerada, até a cena no estádio de Gotham (o famoso bingo do Bane, bwahaha) o filme fluiu muito bem, com uma pegada mais super heróica, acho até que bem mais próxima do Batman dos quadrinhos que o Nolan jamais chegou na trilogia, e muito o que se destacar positivamente.
A “mulher gato” de Anne Hattaway está sempre a um passo de roubar a cena de vezpois suas aparições são ótimas, Michael Caine dá um show de interpretação na cena mais tocante do filme, a ação é empolgante e, mesmo face a uma grande ameaça que está surgindo e com Wayne “saindo da depressão”, temos várias tiradas que me arrancaram risadas, a grande maioria fazendo referência aos filmes anteriores, mas com um humor sarcástico, sem cair na galhofa.
A partir do “bingo do Bane” o ritmo muda bastante, e os maiores protagonistas perdem  espaço temporáriamente para destacar principalmente John Blake, o policial vivido por Joseph Gordon-Lewitt, que se sai muito bem no papel, e o vilão Bane, que embora tenha cumprido bem a função de um adversário físico para o Batman, pra mim foi um ponto fraco do filme.
Tom Hardy teve uma tarefa ingrata, é verdade: interpretar o grande vilão do filme após a ausência do Coringa de Heath Ledger e, ainda por cima, com uma desgraça duma “máscara de Hannibal” que cobria a maior parte da cara e com voz, respiração e, por vezes até, atitude, de Darth Vader.
Mas o grande problema é que seu plano para Gotham, por mais bem engendrado que fosse, carecia de uma motivação convincente e por vezes soava sem sentido. Porque diabos um rejeitado pela Liga das Sombras retomaria a idéia da destruição de Gotham? Justamente da forma que eu esperava, por sempre acompanhar e noticiar aqui coisas sobre o filme, tudo acabou explicado, mas de uma forma que não se preocupou em manter uma importância maior pro vilão.
Com isso, os heróis (Batman, Gordon e Blake, principalmente) e a anti heroína Selina Kyle acabaram tendo bem mais destaque, pois embora pra mim o vilão deixasse a desejar, reverter a situação em que Gotham foi colocada era um desafio que se tornava cada vez mais impossível. Ainda falando do Bátema, esse filme me pareceu exigir bem mais de Christian Bale, pois o herói passa por 4 etapas diferentes na trama, e o ator se saiu bem.
Um mérito de Nolan nesse filme foi não ter cometido nenhuma cena do tipo das que me irritavam nos anteriores, como o Batmóvel atravessando tranquilamente telhados centenários de telhas de barro ou a “moto bate e volta”… se bem que… o último momento da tetéia Marion Cotilard no filme é patético, bwahahahaha, digno de uma framboesa de ouro.
Ao final, Nolan realmente nos entregou uma belo e tocante fechamento da trilogia, uma “última história do Batman” coerente com sua versão do personagem, e que me agradou bastante. Não superou o anterior, mas chegou bem perto. A ação está melhor, as atuações, com exceção do vilão principal, estão tão boas, senão melhores, que dos filmes anteriores e finalmente temos um grande herói dos quadrinhos nos cinemas com uma jornada completa e bem realizada.
Nota: 9,5
 Extraído do MDM

SEMANA CONSTANTE: BATMAN THE DARK KNIGHT RISES -CRÍTICAS

Saudações Constantes!


Chegou o dia Constantes! Batman, o Cavaleiro das Trevas Renasce estreou nos cinemas de todo o Brasil para encerrar :(  a trilogia dos filmes do Nolan, que recuperou e renovou o heróis para as novas gerações. Aguarde as resenhas Constantes (nós já vimos o filme) e enquanto isso, acompanhe as críticas de CORTO do MDM (Fanboy extremo do Batman).

Mande suas opiniões que serão comentadas!


"Qualquer um pode ser um herói.
Oito anos após os eventos do segundo filme, Gotham é um lugar aparentemente mais seguro após a Lei Dent, que permitiu ao Comissário Gordon praticamente erradicar o crime organizado, sob a lenda forjada em torno de Harvey Dent. Lenda essa que é uma mentira, pois o Batman é quem levou a conta dos crimes do promotor, então transformado no vilão Duas Caras.
Isso custou um preço alto a Bruce Wayne, que passou a viver recluso e amargurado após as mortes de Dent e de sua amada Rachel Dawes, numa referência escancarada ao exílio domilionário Howard Hughes. Quando a misteriosa ladra Selina Kyle aparece para roubar algo de valioso em sua mansão, Wayne vai pouco a pouco recuperando o brilho nos olhos e a motivação para voltar a vestir o manto do Morcego. Mas ao mesmo tempo se depara com um plano envolvendo inimigos a muitos esquecidos de seu passado. A partir daqui é SPOILER.
Sempre achei que Christopher Nolan estava fazendo uma trilogia sobre a relação entre Bruce Wayne e Batman. E muitos fatos ocorridos em Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge corroboram meus pensamentos. Em Batman Begins Bruce, “congelado no tempo” desde a morte dos pais, construiu Batman graças a Liga das Sombras. Um mito, para poder fazer aquilo que ele, como homem, não poderia. Salvar uma cidade para que essa salvação, de algum jeito, algum dia… voltasse para ele. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas, Bruce vê em Harvey Dent a chance de concretizar seu sonho, aposentar Batman e então recomeçar do zero como uma pessoa normal. No entanto, o Coringa e depois o Duas Caras desconstruíram o mito, viraram tudo do avesso, fazendo com que Batman terminasse também “congelado no tempo”… pelo bem de Gotham City.
Nesta conclusão vemos um duplo renascer. Tudo tem início pra valer no momento em que Alfred diz que sempre desejou que Bruce nunca tivesse voltado quando iniciou sua jornada pelo mundo em Begins. Uma cena dura, o oposto da mensagem que Rachel passava a Bruce no fim do primeiro longa-metragem, e que trará uma grande reviravolta mais tarde. Primeiro Batman retorna em grande estilo motivado pelas ações da Mulher-Gato (embora ela nunca seja chamada assim) e os questionamentos do policial órfão John Blake, além da inegável atração pela milionária Miranda Tate. Logo as ações do mercenário Bane, ex-membro da Liga das Sombras de Ra’s Al Ghul, vão conduzindo Batman a um rumo inesperado… e doloroso. Mas através da dor… Bruce Wayne finalmente verá a Luz outra vez.
Respondendo as perguntas básicas: Esse filme é uma obra-prima do mesmo nível de Superman – O Filme, O Cavaleiro das Trevas e Os Vingadores. Talvez seja até algo mais. Mas não pros fãs de quadrinhos de super-heróis. Porém, é maravilhoso ver como um filme pode se esforçar tanto pra alcançar tanto os fãs das boas HQs quanto os fãs do bom Cinema a ao mesmo tempo falar a cada pessoa comum que assista e capte a idéia principal. Nolan é um mestre em criar um clima de tensão crescente, suas cenas de ação me lembram bastante os filmes do John Frankenheimer. O ponto fraco é a edição do filme que, por abranger um número muito maior de eventos que o segundo longa, termina tendo problemas de ritmo em vários momentos. Em compensação os diálogos são muito bons, alguns excelentes e o elenco em geral tem uma incrível sintonia.
Nolan também trabalha muito através de elipses, o que pode gerar perguntas que, por mais que o diretor tente explicar e explicar, só serão respondidas de uma forma: pensando. Como Bane adquiriu o discurso de Gordon? Como Blake deduziu a identidade secreta do Batman? Como Alfred investigou a Liga das Sombras? Como Bruce voltou a Gotham no final? Os prisioneiros do buraco foram libertados? Lembrem-se: uma História é a vida sem as partes chatas. A mim não atrapalhou o enredo, mas sei que não é pro paladar de todo mundo.
O Cavaleiro das Trevas Ressurge é um filme pra se ver várias vezes, especialmente após ver os outros dois, e captar como os detalhes se agregam pra formar um painel. Seja pelas presenças de Selina Kyle e John Blake, que estão ali pra mostrar as falhas do plano final de O Cavaleiro das Trevas. Pela forma pela qual Bane e a Liga das Sombras ascendem em poder através dos erros do Batman e do Comissário Gordon. Pelo jeito como a trilogia pode ser compreendida através da ótica de Joseph Campbell ou até da Bíblia. Pra notar personagens como o policial vivido por Matthew Modine, que representa a população de Gotham com relação a Batman, o mito.
Começa por persegui-lo, passa a sentir sua falta quando começa o pega-pra-capar e termina achando nele a inspiração necessária para dar sua vida por um ideal. Mesmas condições em que se encontram os membros da Liga das Sombras com relação a Bane. E é muito bom ver como o filme foge do maniqueísmo fácil quando estabelece na revelação próxima ao final queBane, sob outro ponto de vista, era na verdade um herói.
Mas talvez o maior mérito desse último capítulo seja ver como cada um dos personagens define Bruce Wayne, o ser humano, de acordo com a relação que tem com ele. Aqui Nolan de fato aprimorou a idéia dos reflexos. Se antes Bruce Wayne/Batman era reflexo de Henri Ducard/Ra´s Al Ghul Coringa e Harvey Dent eram reflexos respectivamente de Batman e Bruce, desta vez vemos em cada um um pouquinho do protagonista naquele conflito entre a dor e a esperança.
John Blake é a dor de ser órfão, Selina é a esperança de uma segunda chance, Bane é a aflitiva dor física, Alfred a esperança de um recomeço, Miranda/Talia a dor da família destruída, Lucius a esperança vinda da inteligência e Gordon é uma mistura dos dois… a dor da mentira e a esperança de redenção… e por fim John Blake é de novo a esperança em um mundo melhor.
Sabe por que eu gosto tanto do Batman? Porque o que eu mais gosto numa história éHumanidade. Com certeza não é o gosto de todo mundo, mas sem dúvida é o meu. E talvez oBatman seja o mais humano dos heróis. Sempre achei que pra uma história do Batman ser completa teria que retratar tanto o homem quanto o mito. Por mais que a maioria dos fãs se entusiasme muito mais com segundo, é o primeiro quem lhe sopra a vida. Quando o médico da prisão ensina o caminho da fuga ao herói aquilo é o diretor se voltando para o lado humano do personagem…. buscando assim alcançar o herói de cada ser humano.
E com um final absurdamente genial a trinca Christopher Nolan, David Goyer e Jonathan Nolan, com a vital participação de Christian Bale, Anne Hatthaway, Michael Caine e Joseph Gordon-Levitt, conseguiu se manter fiel a uma máxima sobre o personagem do quadrinho: Bruce Wayne e Batman não são a mesma pessoa. A partir disso, eles aproveitam de modo criativo o clássico final do livro Um Conto de Duas Cidades de Charles Dickens onde Sidney Carton se sacrifica para que Charles Darnay viva e seja feliz ao lado de Lucie Mannette.
“Qualquer um pode ser um herói. Até mesmo um homem comum que coloca um casaco sobre os ombros de um garoto pra ele perceber que o mundo não acabou.”
Até nisso Nolan fez um final excelente pros fãs dos quadrinhos, envolvendo a bomba, a estátua do Batman e a sequência final de Blake… , celebrando assim BATMAN, O MITO
No entanto foi inteligente o suficiente pra se reservar o direito de olhar e dar graças a Bruce Wayne, o Ser Humano, a alma do Mito, o Homem, a Criança que queria uma família… e nos brindou com um final inesquecível pros fãs de cinema, com a cena do Café em Florença.
E foi bom ver que, no fim das contas, o Sr. Wayne é mais esperto que o Sr. Fox.
NOTA: 10.

Extraído do MDM

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CONSTANTE POÉTICA RECOMENDA: LANÇAMENTO HQ ACHADOS E PERDIDOS

Saudações Constantes!





Por vezes o nosso humilde blog dá dicas de eventos que nós apoiamos as iniciativas e e /ou curtimos o(s) artista(s). Minha querida amiga Cleide Fernandes (que já teve seu trabalho divulgado aqui)me alertou sobre esse lançamento e claro, não podemos deixar de comentar. Os Quadrinhos nacionais ainda é visto (erroneamente) como o "Patinho feio" da Indústria, mas são inicaiativas como essas que fortalecem (ainda mais) essa nobre arte produzida aqui no Brasil. Fique com o Release oficial desse excelente lançamento e participe se possível. Ah..E acesse o site para visualizar artes maravilhosas!

E não é só a gente quem recomenda!  


“Achados e Perdidos é um passeio por esse terreno acidentado e espantoso da juventude. Com sensibilidade e bom humor, os autores se valem de uma situação extraordinária para contar uma história sobre intensos conflitos emocionais. (...) Cheia de sentimento, autenticidade e energia.”
Fonte: Universo HQ

“Mais do que um livro ou um disco, a obra é a união da música com a literatura como artes complementares. Embora essas diferentes mídias funcionem independentemente na obra, quando você aprecia as duas simultaneamente a história fica muito mais envolvente. Achados e Perdidos é uma experiência única.”
Fonte: Move That Jukebox



LANÇAMENTO ACHADOS E PERDIDOS
A Editora Miguilim convida para o lançamento do livro Achados e Perdidos. O evento será no Café com Letras, em Belo Horizonte, no dia 04 de agosto, na companhia dos autores Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho.

Os quadrinhistas mineiros Damasceno e Garrocho ingressaram no universo dos quadrinhos com a publicação de histórias feitas a partir de trechos de músicas, no site Quadrinhos Rasos, que, atualmente, dá nome também ao selo editorial de publicação de HQs criado pela dupla. O álbum Achados e Perdidos é seu primeiro trabalho impresso.

Achados e Perdidos é uma história em quadrinhos sobre a delicada relação entre adolescentes, deformações no espaço-tempo e as coisas que esquecemos pelo caminho de nossas vidas. Ou sobre o dia em que o garoto Dev acorda com um buraco negro na barriga, como preferir. A premissa inusitada do álbum envolve também o personagem Pipo, melhor amigo de Dev, que deslumbra-se com o mistério e arquiteta planos engenhosos para solucionar o problema do amigo. No desenrolar da aventura, os dois garotos acabam conhecendo Laura, uma adolescente que esconde muitos segredos.

O álbum vem acompanhado de um CD que contém oito canções compostas pelo músico Bruno Ito exclusivamente para cada um dos capítulos da história. Além do áudio tradicional, o CD traz também as versões em MP3 de todas as faixas da trilha e um material bônus com dois EPs de Ito.

Produzida de maneira independente, a primeira edição de Achados e Perdidos foi lançada em novembro de 2011, no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ). A impressão do álbum e dos discos foi inteiramente financiada pelos fundos arrecadados por intermédio de uma plataforma online de financiamento colaborativo, o projeto Catarse, contando com a participação de mais de 500 pessoas. O álbum encabeçou as listas de melhores lançamentos em quadrinhos de 2011, sendo indicada a cinco categorias – incluindo uma Homenagem Especial – no Troféu HQMIX do ano, premiação mais expressiva do quadrinho nacional.

A segunda edição de Achados Perdidos foi produzida através da parceria entre os autores e a tradicional editora mineira Miguilim. A nova tiragem está à venda em livrarias de todo o Brasil. Além do CD encartado, a edição vem recheada com boas surpresas, como páginas contendo as letras das músicas e os detalhes do processo de produção do livro, que mostram como toda a arte do álbum foi desenvolvida em software livre.





SERVIÇO:
Lançamento do livro Achados e Perdidos, de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho (texto e arte) e Bruno Ito (trilha sonora).
Data: 04 de agosto, sábado
Horário: de 11h às 13h30min
Local: Café com Letras. Rua Antônio de Albuquerque, 781 – Savassi – Belo Horizonte
O livro será vendido a R$ 42,00, seguido de sessão de autógrafos com os autores. Evento aberto ao público.


Para mais informações, visite:
www.editoramiguilim.com.br
www.quadrinhosrasos.com

Lançamento de Achados e perdidos




segunda-feira, 23 de julho de 2012

SEMANA CONSTANTE BATMA THE DARK KNIGHT RISES: COSPLAYS

Saudações Constantes!


Mesmo com a recente tragédia na estréia estadunidense de Batman (VEJA AQUI) as expectativas para a estréia no Brasil são enormes. Um elemento familiar no universo FANBOY NERD é o Cosplay (o que seria uma "representação de personagem a caráter") que traz alegrias e admiração (quando bem executadas) ou risadas (quando são toscamente produzidas...). Com a colaboração do Leitor Constante Pedro de Souza (Obrigado Velhão!). 




Ah....As vilãs!



kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Esse 9GAG!!!!!!!!








Santo Deus !!!!!!!













Essa é muito legal!






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Muito bom hein?
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:)

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PUtz...Essa eu quero!
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Quem quer ser o Robin, meu Deus?

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sim...Ruivas!
hera

E para encerrar...
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Mandem as suas sugestões de Pauta você também!






Allan Constante é um cosplay ambulante...Do Batmirim!!!!!!!!!