sexta-feira, 17 de agosto de 2012

CINEMA CULT: MELANCOLIA

Saudações Constantes!

Sim Constantes, já faz muito tempo que não temos um Cinema Cult Constante, mas nossos colaboradores estão ...Digamos...Pouco inspirados.rsrsrs Enquanto aguardamos a inspiração (ou vontade) deles, vamos postando pouco a pouco sobre os filmes Cult que nós gostamos (e que se vocês não conhecem, acho que vale a pena conhecer).

Vamos para algumas opiniões/resenhas sobre o filme Melancolia do diretor Lars Von Trier


Kirsten Dunst nunca esteve tão linda!




Título Original: Melancholia
Ano de Produção: 2011
Direção: Lars von Trier
Roteiro: Lars von Trier
Elenco: Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, John Hurt, Alexander Skarsgård, Stellan Skarsgård, Brady Corbet, Udo Kier, James Cagnard, Jesper Christensen, Deborah Fronko, Cameron Spurr e Stefan Cronwall

Resenha 1
Por Alex Gonçalves 


Talvez o cineasta mais transgressor em atividade, o dinamarquês Lars von Trier não perde a oportunidade de criar polêmica com intenção de se promover. Especialmente no festival de Cannes, tendo em coletivas para a imprensa se declarado o melhor diretor do mundo e, em ocasião recente no evento onde viroupersona non grata, simpatizante de Hitler. Traço incômodo na personalidade de um artista compensado pela linguagem cinematográfica nada usual de sua filmografia, capaz de discutir o comportamento de uma sociedade sem salvação através de personagens martirizadas tanto sob um tablado delineado com giz (“Dogville”) quanto flertando com o musical (“Dançando no Escuro”). O mesmo faz em “Melancolia”, mesmo com o caráter, digamos, mais acessível.
Dividido em dois extensos capítulos, “Melancolia” se dedica em registrar o comportamento de duas irmãs em ocasiões definitivas, tendo em comum a onipresença do planeta Melancolia. A primeira delas, Justine (Kirsten Dunst, prêmio de melhor atriz em Cannes), se casará com Michael (Alexander Skarsgård, do seriado “True Blood”) enquanto uma sucessão de contratempos familiares surge, culminando numa celebração que resgata muito de “Festa de Família”, obra assinada pelo também dinamarquês Thomas Vinterberg e primeira a figurar na lista do movimento Dogma 95. Não é difícil notar que Justine é uma jovem deprimida, forçando uma harmonia que não lhe pertence. Será na segunda e última parte da história que conheceremos melhor sua irmã mais velha Claire (Charlotte Gainsbourg). Casada com o rico astrônomo John (Kiefer Sutherland) e mãe de um filho (Stefan Cronwall), ela está visivelmente temerosa quanto à previsão que anuncia a colisão entre o planeta Melancolia e a Terra.
Com um esplêndido prólogo composto por imagens que se assemelham as obras de pintores como John Everett Millais e Caspar David Friedrich, como também embalada pela ópera “Tristão e Isolda” de Wagner, “Melancolia” é denominado por Lars von Trier como sua perspectiva sobre o fim do mundo sem final feliz. A informação antecipada é pequena diante da experiência proposta por seu autor, repleta de simbolismos e imprimindo com ela emoções diversas.
A decisão em dividir uma história em dois não soa gratuita. Com foco em Justine e Claire, mas sem abrir mão de personagens secundários importantes, “Melancolia” estabelece dois extremos. O primeiro é Justine descrente de sua própria existência, seduzida pela garantia da liberdade que deseja com a possibilidade da colisão entre Melancolia e a Terra. O segundo extremo é Claire com o medo da morte, do que o evento lhe proporcionará posteriormente. Dois enigmas que também colidem na conclusão mais desoladora que já testemunhei.
Um raro momento de ternura
Resenha2
Dramático. Pelo nome não esperava algo diferente.
 Melancolia consegue driblar drama com loucura. O filme dirigido pelo polêmico Lars Von Trier (que foi expulso do Festival de Cannes por dizer ser simpatizante de Hitler), conta a história de duas irmãs: Justine e Claire.

 A primeira parte do filme nos mostra o drama da depressiva Justine, que em seu casamento, diria que ela tem pequenos surtos depressivos. Ela é como uma montanha russa de emoções, ela vai do inferno ao paraíso em segundos, embora no longa ela permaneça muito mais tempo em seu abismo. Já a segunda parte de Melancolia é focada em sua irmã Claire, que entra em visivel desespero ao saber que o planeta Melancolia passará bem perto da rota do nosso planeta.

 Além de dramático, o filme consegue ser sufocante e assustador. Com Justine você tenta entender o porquê de sua depressão, você tenta desvendar a personagem, já com Claire você tenta não entrar em desespero ao ver que cada vez mais Melancolia se aproxima da Terra, e que desespero mais sufocante.

 Digo que Melancolia é aquele filme em que você gosta ou não gosta, não existe o "mais ou menos". Se você não é familiarizado com filmes cansativos e com personagens bem complexos não aconselho a assistir este. Esse é o segredo do filme, Lars Von Trier não poupou tempo ao contar sua história.

 Assistindo ao filme, me pareceu que estava assistindo a dois. É como se fosse dois em um. Primeira parte focada em pura melancolia e sua segunda parte focada em puro desespero. 
 A arte do filme e sua trilha sonora surpreendem do início ao fim. Creio que a verdadeira premissa de Melancolia é se tornar uma obra prima cinematográfica. Kirsten Dunst que fez um ótimo trabalho como Justine (Melhor Atriz - Festival de Cinema de Cannes), foi bastante elogiada por todos os críticos, que enfatizaram ser o seu melhor desempenho até agora, e admito que um dos fatores que me levaram a assistir ao filme foi ele ser protagonizado pela antiga Mary Jane.

 Melancolia não é um filme para diversão, e sim reflexão.
Nota 8
Resenha 3
- A Terra é maligna, não devemos lamentar por ela. Ninguém vai sentir sua falta.

Foi no lançamento deste filme que o diretor Lars Von Trier declarou ser um simpatizante de Hitler. Talvez  alguém tenha se espantado que ele tenha feita uma declaração tão infeliz, mas acho que todos deveriam esperar isso de alguém que ao invés de lançar filmes resolveu lançar provocações. Melancolia é uma nauseante história sobre o fim do mundo que Trier declara ser seu filme com final feliz, ou o mais perto disso que uma pessoa com a cabeça dele possa considerar feliz.

Ele segue o mesmo modelo que usou em seu filme anterior,Anticristo. O filme começa com cenas longas em câmera lenta mostrando imagens que misturam beleza de produção com cenas tristes de alguma forma. No anterior eram cenas de sexo explícito e uma criança caindo pelo janela, aqui são pessoas fazendo nada, cavalos caindo e muitas cenas do fim do mundo se aproximando.

Depois que essas cenas passam, acompanhamos o casamento de Justine (Kirsten Dunst que ganhou um prêmio por fazer uma atuação catatônica). Um longo e cansativo casamento em que nada de interessante acontece e que nenhuma das pessoas, convidados ou noivos, parece agir com qualquer tipo de coerência. Justine arruma a biblioteca, toma banho e até mesmo tem sexo num campo de golfe com um convidado aleatório enquanto todos esperam por ela. Depois, ao final da festa, seu noivo se despede dela e ela diz para sua irmã que tentou. 
Quando achamos que a tortura acabou, a coisa piora. Justine vai pra casa da irmã que mora com o marido e filho (interpretados por Chartlotte Gainsbourg e Kiefer Sutherland) enquanto ficam na expectativa se um planeta chamado Melancolia vai se chocar ou não contra a Terra ao mesmo tempo que Justine parece não conseguir sair da sua fase depressiva. O planeta se aproxima em câmera lenta para exterminar a vida na Terra, mas isso pouco comove as pessoas do filme.

Claire (Gainsbourg) e Justine deveriam ser daquelas irmãs totatlmente diferentes uma da outra. Claire mora com o marido excessivamente rico numa casa com campo de golfe, estábulos e muito mal gosto e deveria ser a irmã sã para contrastar com a louca Justine que deveria ser internada no asilo mais próximo. A única coisa que fica clara é que as duas não são irmãs. Elas em diversos momentos chegam a agir como se fossem.
A única coisa que nos resta, a menos que queira parar de ver o filme, é esperar o planeta que anda por aí demolindo outros planetas acabar com a Terra. Se Lars Von Trier queria que eu torcesse pelo fim do mundo, ele fez um ótimo trabalho. Nunca torci tanto para isso acontecer. E ele só piora as coisas tornando o processo muito mais lento que o necessário. E quando o fim do filme chega, só uma pergunta ficou na minha cabeça: "Qual o objetivo desse filme existir?". Ainda não encontrei a resposta.

NOTA: 2.
ufa...Tantas opiniões e tantas divergências...

E você Constante? O que achou dessa obra do polêmico Lars Von Trier?



Allan Constante por vezes é melancólico ...E ele não vê nada de errado com isso!



2 comentários:

Desirreé disse...

Um filme interessantissimo. Preparado para se tornar uma obra de arte

Simone Teodoro disse...

Só não gosto do final. Acho que podia muito bem ter terminado ali, com angústia das personagens , de mãos dadas, esperando o fim do mundo. A meu ver, a explosão ficou sobrando....

Mas, putz, muito bom.... senti, como em Anticristo, um tom meio Tarkovski, novamente uma atmosfera de Solaris...
Espetáculo!