Post por Fernando de Andrade
Somente com muitas exclamações posso começar um post com essa figura fundamental da música brasileira. Chico escolheu Belo Horizonte para abrir a sua turnê de divulgação do disco “CHICO”, lançado esse ano. Idolatria (normal), empatia com o público (nem sempre) e o Palácio das Artes LOTADO!
Chico se cerca dos melhores e sua banda é simplesmente genial, composta por Jorge Helder e Wilson das Neves, o maestro e arranjador Luiz Claudio Ramos, João Rebouças (piano e teclados), Chico Batera(percussão), Marcelo Bernardes (flautas, saxofone) e Bia Paes Leme (teclados e vocais).
O show foi correto, embora bastante frio no começo, mas reservou grandes e boas surpresas. Canções menos frequentes nas apresentações ao vivo, como Ana de Amsterdam, O Velho Francisco , De Volta ao Samba e Desalento fizeram-se presentes. O artista ficou quase o tempo todo imóvel no palco, mas suas músicas mais conhecidas do público, como Geni e o Zepelim, Bastidores, O Meu Amor , Teresinha , e Anos Dourados causaram frenesi.
GENI E ZEPPELIM:
Brincando de rapper:
Chico brincou de RAP, como se fora uma resposta ao rapper Criolo, que fez uma música inspirada em Cálice. Assim cantou Chico:
” Pai, afasta de mim a biqueira
Afasta de mim as ´biate´
Afasta de mim a ´cocaine´
Pois na quebrada escorre sangue
Afasta de mim as ´biate´
Afasta de mim a ´cocaine´
Pois na quebrada escorre sangue
Pai, afasta de mim esse cálice/ De vinho tinto de sangue”
Bonito momento quando Wilson das Neves (o batera) cantou junto Teresa da Praia (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
Houve 2 Bis, sendo que no 2ºª ouviu-se “ Na Carreira” (Edu e Chico) e do “Grande Circo Místico”, de 1982, que despachou o público:
” Hora de ir embora
Quando o corpo quer ficar
Toda alma de artista quer partir
Quando o corpo quer ficar
Toda alma de artista quer partir
(…)
Ir deixando a pele em cada palco
E não olhar pra trás
E nem jamais
Jamais dizer
Adeus”
E não olhar pra trás
E nem jamais
Jamais dizer
Adeus”
Hico abriu os braços e timidamente mandou um beijo e deu adeus. Sinceramente , o show poderia ter sido melhor. Chico é muito tímido, tem pouca presença de palco e isto limita muito o espetáculo. Ser um artista que agrada seu público, com um ingresso MUITO CARO para assistí-lo leva-nos a questionar: O que é melhor? Escutar sempre as mesmas músicas ( alguém falou Roberto Carlos e PaulMcCartney? Alguém?: hein, hein? All@n?), ou arriscar em um show mais ousado, recheado de músicas menos conhecidas e mais novas ? Qual a fórmula ideal ? Chico o meio do caminho e no meio do caminho havia uma pedra...Mas sua decisão foi sábia e justa.
Fernando de Andrade é um Chicólatra controlado, amante das artes, boas músicas, boas letras e uma ótima pessoas, até que o assunto volta-se para o funk carioca...
2 comentários:
Obrigado por permitir escrever no seu blog All@n! Chico Forever!
Fui no show e sai recompensado!
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