CANÇÃO CONSTANTE – OH DARLING (BEATLES)

Saudações Constantes!

  

  Sabe aquela música que você não cansa de ouvir? 1,2,3,4, 1000 vezes... 

SEM PARAR E SEM ENJOAR! !!

Atenção Constantes, não estou falando de músicas grudentas e de gosto duvidoso como “Dar uma fugidinha...”, Tchêrêrêtchêchêchê...” e muitas outras que invadem e corroem  nosso sistema auditivo tão maltratado!

O que falaremos aqui no “Canção Constante” é daquela música de seu artista preferido (ou não) que lhe agrada de forma positiva (e não pela superexposição da mesma) e agradável!

BabyFace

Ouço muuuuuuuuuuiiittaass músicas em meu dia-a-dia, por isso a dificuldade, não foi encontrar uma canção, e sim, eliminar (por enquanto, já que falarei delas nos próximos posts) as demais!

Começarei com um puro Beatle Blues, Oh Darling do Quarteto Fantástico !

Paul McCartney pretendia desenvolver uma balada/rock/blues bem ao estilo “Anos 50”. O mesmo já havia feito algumas canções nessa linha, como “Long Tally Sally” – Influenciado por Litlle Richard- e Kansas City, porém, em Oh Darling ele quis mais... Muito mais! Ele queria que soasse como uma interpretação “ ao vivo” e acreditava que as primeiras horas do dia (manhã), seriam as melhores para ele conseguir o efeito desejado, ou seja, um canto, alto, forte e por vezes, agudo.

Oh Darling é uma canção de amor, bem lamuriosa, onde o personagem principal pede que a amada acredite nele, nunca o abandone pois não lhe fará nenhum mal ("Oh! Darling, please believe me, I'll never do you no harm"). Quando a um tempo atrás ela disse que não precisava dele, ele quase se acabou ("When you told me, you didn't need me anymore...I nearly broke down and cried"). Portanto, que não o deixe, senão ele não aguentará ("Oh! Darling, if you leave me, I'll never make it alone"). Tudo isso permeado por guitarras cortantes e cozinha baixo/bateria em sincronismo total.

A gravação teve início no dia 20 de abril e consumiu 26 tomadas. Para gravar o vocal McCartney realizou sessões nos dias 17, 18, 22 e 23 de julho. A gravação de 23 de julho foi a que agradou Paul. Mais alguns ajustes e "overdubs" foram realizados no dia 8 de agosto e no dia 11 de agosto o clássico estava pronto!A faixa saiu no último disco gravado dos Beatles, Abbey Road, porém no CD Anthology 3, contém uma gravação de um ensaio desta canção realizada no dia 27 de janeiro de 1969. Esta música estava nos planos de fazer parte do frustrado projeto "Get Back". Neste ensaio, Billy Preston, excelente músico participa tocando piano.

Por vezes, é notado um pouco de pastiche na canção, afetuosa, claro, porém vagamente satírico. O vocal (mais do que tudo) comanda a canção, e o seu desespero interpretativo é evidente a medida que a canção cresce.

John Lennon, em seu período mais rabugento, disse em uma entrevista a Playboy que Paul “não cantou muito bem...Eu sempre pensei que eu poderia ter feito melhor - era mais meu estilo do que o seu…” (!), mas é importante dizer que dificilmente alguém mais  nos Beatles teria como alcançar as notas (lá em cima) que Paul alcança- John era um exímia cantor de Blues, mas não alcançava notas altas-vide “Hard Days Night”, onde Paul o ajuda!

A propósito...Oh Darling (juntamente com TWIST AND SHOUT) é uma das melhores músicas para se cantar em karaokê (eu já paguei cada mico monstruoso...)!

Constantes, comentem, critiquem, concordem, discordem “disconcordem” mas opinem e digam as suas canções Constantes, quem sabe a próxima seja a sua?

Allan Constante adora canções que não saem da cabeça-principalmente se forem dos Beatles - mas quando elas o deixam pensar (peraí, ele pensa?!:?!), ele escreve para o Constante Poética!








SAIBA MAIS EM:

§  Turner, Steve. A Hard Day's Write: The Stories Behind Every Beatles' Song, Harper, New York: 1994, ISBN 0-06-095065-X

§  Lewisohn, Mark. The Complete Beatles Recording Sessions: The Official Story of the Abbey Road Years, Hamlyn Publishing Group Limited, London: 1988, ISBN 0-600-55798-7

§  Miles, Barry. Paul McCartney - Many Years From Now. Secker & Warburg, 1997. Page: 357. ISBN 0-436-28022-1.