Creio que é nos extremos que percebemos os absurdos em que convivemos. Um exemplo é a "reportagem" creio que é muita boa vontade chamá-lo de jornalista, publicada no site site da revista (que perdeu muitos pontos comigo) Época!
Sr Luís Antônio Giron e revista època "parabéns" pelo desserviço à população Braileira! "Profissional" anti-etico e extremamente preconceituoso, que infelizmente é um formador de opinião! Lamentável sua postura, lamentável!
http://revistaepoca.globo.com/cultura/luis-antonio-giron/noticia/2012/05/de-adeus-bibliotecas.html
Instituições como a Biblioteca Nacional podem desaparecer ou ser vetadas à consulta em carne e osso
Em tempos idos, eu encontrava nas bibliotecas públicas um abrigo para meditar, planejar e fugir do mundo. Passeava pelas estantes como quem viajasse por outros planetas, tempos e realidades, memórias, histórias, uma lição de vida aqui, uma descoberta da crueldade humana ali, fantasias inúteis acolá. Devo às bibliotecas a minha formação. Fiz mestrado e doutorado passando tardes enfurnado na Mário de Andrade, no Arquivo do Estado e na Biblioteca Nacional. E sempre frequentei bibliotecas de bairro. Anos atrás, elas costumavam ser lotadas de leitores ávidos. Os usuários se interessavam por cultura, e não apenas como uma ferramenta para subir na vida e destruir os concorrentes. Havia oficinas e debates. Os livros de poesia e os romances não paravam nas prateleiras. Agora os ácaros, os carunchos e toda sorte de inseto venceram os leitores. Para não falar da umidade – que, recentemente, quase acabou com os periódicos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.“Procuro uma coletânea de contos fantásticos de Aluísio Azevedo”, disse à senhora. “O senhor trouxe a referência?” Não. “Por que não consultou o catálogo pela internet?” Sei lá por quê, eu só queria parar por aqui e ler uns livros difíceis de encontrar e talvez levar emprestados... “Os empréstimos são limitados a quatro volumes e a devolução acontece em 15 dias”, ela metralhou, com os olhos pregados no monitor velho e encardido do computador. Por fim, depois de dar um pequeno passeio pelo interior da biblioteca, voltou para informar que não tinha o livro que eu buscava. Virei as costas, imaginando o alívio da funcionária em me ver ir embora. Agora ela podia regressar a sua preguiçosa solidão.
- Ana PaulaConcordo que a política de Bibliotecas no Brasil é péssima, e vem sendo péssima a anos, mas julgar que "as bibliotecas não servem mais para nada nem ninguém" é de uma ignorância catastrófica. Primeiro que o mundo não se resume as bibliotecas do seu bairro, ou país. Vá a Noruega, Dinamarca entre outros que possuem políticas de incentivo a leitura adequados. Segundo que um colunista que não pesquisa antes de fazer o seu trabalho e que sabe que é capaz de influenciar opiniões com o que escreve é no mínimo porco de escrever uma coluna ignorante dessa. Acredito que os suportes mudam e mudaram sempre, o livro em papel poderá ser raro daqui a breves anos, mas o que senti ao ler esse artigo foi ignorância. Por sinal, a biblioteca da minha cidade (Niterói) acaba de ser reformada e vive repleta de leitores.
- Tiago Fernandes AndradeEsse rapazinho que escreveu essa coluna é um moleque! A princípio achei que o mesmo queria criar polemica, porém a visão reducionista da profissão e função das bibliotecas apresenta a total ignorância do processo educacional, cultural e de lazer que as bibliotecas têm na vida dos brasileiros. O respeito a classe e o aprofundamento de suas pesquisas antes de vomitar sobre os diversos assuntos dos quais escreve é fundamental! Fica a dica!
- Kamille NoruegaChega a ser repugnante ver uma pessoa que não entende NADA sobre uma biblioteca de verdade, escrever tamanho absurdo.
- Renan OliveiraEu sou Bibliotecário e admito que essa matéria tem uma visão totalmente errônea sobre a minha carreira porque não foi concebida a partir de um estudo (com espaço amostral definido) e sim a partir de uma experiência ruim. Se um jornalista escreve uma matéria ou faz a cobertura sobre determinado assunto de uma forma ruim significa que todos os jornalistas são ruins e que toda organização que emprega este profissional deve fechar as portas. Certo? Acredito que não. Isto é uma falácia. Acredito que esse artigo fere a moral do profissional bibliotecário. Checar as fontes de informações sejam elas gerais ou especializadas, analisar as informações recuperadas e disseminar são algumas das atribuições tanto do bibliotecário quanto do jornalista. Portanto, deve-se comparar as informações recuperadas a outras para poder fazer um panorama sobre algo.
- Renan OliveiraEu sou Bibliotecário e admito que essa matéria tem uma visão totalmente errônea sobre a minha carreira porque não foi concebida a partir de um estudo (com espaço amostral definido) e sim a partir de uma experiência ruim. Se um jornalista escreve uma matéria ou faz a cobertura sobre determinado assunto de uma forma ruim significa que todos os jornalistas são ruins e que toda organização que emprega este profissional deve fechar as portas. Certo? Acredito que não. Isto é uma falácia. Acredito que esse artigo fere a moral do profissional bibliotecário. Checar as fontes de informações sejam elas gerais ou especializadas, analisar as informações recuperadas e disseminar são algumas das atribuições tanto do bibliotecário quanto do jornalista. Portanto, deve-se comparar as informações recuperadas a outras para poder fazer um panorama sobre algo.
- Rachel PereiraJá vi bibliotecários apaixonados pelo que fazem, mesmo estando em locais abandonados pelo governo, trabalhando com crianças especias e (ou) carentes, e nem por isso dessistiram! E tabém há aqueles que estão em local de qualidade muito maior, com ar condicionado, um acervo rico, sistema on line de alta qualidade e inovador, e claro, profissionais apaixonados! Há bibliotecas BOAS sim! Atenciosamente, Rachel Pereira (estudante de biblioteconomia - UNIRIO)
- Thiago SiqueiraEstou chocado principalmente com o veículo que cedeu esse espaço. Infeliz a postura da pessoa que atendeu esse homem, no entanto, os argumentos do mesmo são bem limitados, o que me faz pensar que houve uma série de não compreensão sobre a evolução dos meios de comunicação. Há um certo tempo falava-se no fim do rádio, depois da tv... e até hoje resistem. Lamentável Sr. Luís Giron seu comentário a respeito do fim das bibliotecas, e caso não saiba, só para registrar a mesma é um espaço que vai além de um lugar de leitura e nós, bibliotecários, temos o papel de disseminar, tornar acessível a informação. A parte de guardião da informação nos dias atuais, acredito eu, que ficam restritas à literatura e aos quadrinhos.
- Lilia SantosSou bibliotecária em uma escola pública municipal. Todos os dias trabalho para conquistar novos leitores entre meninos e meninas que não possuem por perto nenhum outro tipo de aparelho cultural. Para esses alunos da periferia a biblioteca é muito importante. Não sei onde o Sr. Luis mora. Deve ser em um bairro de classe média alta. Lá talvez uma biblioteca não seja tão importente. Mas há vida e gente ávida por livros para além das casas de muros altos. Lá, onde moram meus leitores os livros são uma companhia. Felizmente eles ainda os acham um objeto mágico. Convido o Sr. Luis a visitar a biblioteca onde eu trabalho e também todas as outras 180 bibliotecas escolares públicas municipais de Belo Horizonte. E que veja as crianças fazendo fila para levar seu livro emprestado para casa. Talvez sua língua queime e seu rosto fique corado de vergonha por ter tido a coragem de escrever tamanha asneira nessa infeliz colunaPois é Constantes...