Cálida poesia,Calos de poesia, cachos de poesia, cores quadros quedas, cuspes de poesia, copos, coágulos, quartos, a febre do poema. Calcanhares de poesia Esquinas de poesia clamores corações quilowatts catalepsias cadáveres cabalas cachaças Corpos quentes de poesia camas cantares convulsões contágios de poesia As constipações do poema. Contorcionismos crimes contrapontos Con- trair-se de poesia.
Com essa bela introdução da Recomendação Constante de hoje, vamos falar do Blog Cálida Poesia!
Um dos maiores prazeres da vida consiste em conhecer pessoas que somam aprendizado em sua existência. As vezes, as diferenças são ainda mais produtivas, pois retiram nossos cabrestos ignorantes e imutáveis. As pessoas são especiais justamente por serem diferentes. Essa é a beleza da amizade.
Uma pessoa (espetacular) do qual tenho prazer de ter conhecido é Simone Teodoro! Companheira de assuntos fundamentais como conversas de vida, morte...e histórias em quadrinhos! :)
Dona do Blog Cálida poesia, ela possui o lirismo de poucos. Seus textos e comentários são de uma (in)sanidade rara, e despertam interesse imediato dos amantes da Literatura.
Exemplo de texto seu;
The Cure, Drummond e febre
Equilibrou-se sobre solo de guitarra.
A festa acabou.
Crise de autopiedade em The Last Day Of Summer .
A noite esfriou.
Recolheu lascas de Si,
Seu instante de febre.
Ergueu-se.
Sozinha no escuro.
(Se você gritasse...)
Absurda,
marcha.
Para onde?
No dorso encurvado
de um anjo
respostas em cifras
eternizam o enigma.
Poema disponibilizado (e traduzido) pela Simone, da autora (e-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r ) Anne- Marie de Backer
O vento das ruas
O vento de inverno, que já me conhecia,
Antes mesmo que você me conhecesse,
Nesta noite tocou minhas mãos nuas
Com um beijo triste e sem promessas.
Antes mesmo que você me conhecesse,
Nesta noite tocou minhas mãos nuas
Com um beijo triste e sem promessas.
Sob o plátano de folhas mortas,
Neste impasse em que me encontro,
Ele fechou todas as portas,
Batendo sobre o azul das viagens
Neste impasse em que me encontro,
Ele fechou todas as portas,
Batendo sobre o azul das viagens
E arremessando em suas casas frias
Bancos e cadeiras de avós
Ele me obrigou a ficar sozinho
Entre um velho poço e um muro inflexível
Bancos e cadeiras de avós
Ele me obrigou a ficar sozinho
Entre um velho poço e um muro inflexível
Meu bem, a cidade é grande,
Os lugares são mornos e avermelhados,
Sem este vento forte que me observa
Pode ser que eu me renda
Os lugares são mornos e avermelhados,
Sem este vento forte que me observa
Pode ser que eu me renda
Ele dança na beira dos telhados e brinca
Com a sombra das chaminés
Enquanto acaricia a melancolia de meu rosto
E dos lábios que outrora você havia dado para mim.
Com a sombra das chaminés
Enquanto acaricia a melancolia de meu rosto
E dos lábios que outrora você havia dado para mim.
E apodera-se, sem que alguém venha em meu socorro,
Da sombra do meu corpo, por ele arrebatado.
Que eu resista a ele ou me curve sob seu peso
Quando ele me espreitar através das portas
Da sombra do meu corpo, por ele arrebatado.
Que eu resista a ele ou me curve sob seu peso
Quando ele me espreitar através das portas
Assim, meus belos desejos de espaço,
_pássaros sobre neves glaciais
Não persistirão neste impasse
Em que o vento de inverno me atirou
_pássaros sobre neves glaciais
Não persistirão neste impasse
Em que o vento de inverno me atirou
Os rostos e seus mistérios,
Os longos prados, os caminhos em linha reta,
Eu os contemplei sobre a terra,
Das poças d’água que brilham
Os longos prados, os caminhos em linha reta,
Eu os contemplei sobre a terra,
Das poças d’água que brilham
E minha juventude desapareceu
Sob as margaridas floridas.
Como a rua estava escura
Quando o vento de inverno me traiu!
Sob as margaridas floridas.
Como a rua estava escura
Quando o vento de inverno me traiu!
Clique aqui e delicie-se!
Saiba mais em:
http://calidapoesia.blogspot.com.br/http://calidapoesia.blogspot.com.br/

Allan Constante escreve e gerencia o blog Constante Poética e acredita que se a poesia não salvará o mundo, o deixará mais belo!
10 comentários:
belo blog e dica constante!
opa.....conferindo
Obrigado Déia e Daniboy, confiram mesmo...bem legal!
Owwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww,surtei com essa divulgação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Sem palavras!
Cara, gostei demais hein....adsoro escrever e ler tbem...continuem assim!
Há muito tempo acompanho o blog da Simone e acredito que deve ser lido pelo máximo de pessoas. Ela é uma poeta ímpar, uma voz contundente e lírica. Vale demais!
Ah...Simone...Tão bela e tão leve...Adoro demais!
Cálida Poesia de Simone é mesmo tudo isso.Lourdinha Viana.
Muito bom o blog dela.
Poxa...Merece um espaço só dela no Constante hein?
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